Vivências no Samba de Roda - Convidada: Nêga Duda

Atenção Sambadores!

É com muita satisfação que o grupo Reconca Rio, convida a todos que se interessam pela cultura popular brasileira a paticiparem de mais esse momento marcante do nosso trabalho! Pelo terceiro ano consecutivo, trazemos ao Rio uma figura de destaque do Samba de Roda e dessa vez nossa convidada é Nêga Duda!

Dulcinéia Cardoso (Nega Duda) baiana nascida em São Francisco do Conde – Bahia, o berço do verdadeiro Samba de Roda, tem a sua carreira construída nos conhecimentos herdados pela oralidade de sua avó Maria Andrezza, dona Buzu. Realizou sua primeira viagem internacional para França em 2002 no mês de julho apresentou-se para mais de 2000 pessoas.
Com o seu jeito carismático e sua voz forte e potente, passa conhecimento com a magia só vista dentro dos terreiros de angola ainda existentes no Brasil e com toda a sua bagagem musical Nega Duda hoje se estabiliza em São Paulo na intenção de divulgar O Samba de Roda no Recôncavo Baiano um dos fundamentos de uma grande manifestação muito complexa, que é o samba brasileiro em seu todo.

Não perca esta oportunidade!

PROGRAMAÇÃO: Vivências no Samba de Roda com Nêga Duda


Sexta, 10 de Agosto, de 16h as 19h.

Associação de Capoeira Marrom e Alunos
Ladeira Ary Barroso, 01, Chapéu Mangueira - Leme - Rio de Janeiro - RJ

(Investimento para este dia: R$ 35 / 30 vagas)


Sábado, 11 de Agosto, de 09:30 a 12h

Pensão da Carmem,Travessa do Comércio, 13 (Arco do Telles) 
Praça XV de Novembro, Centro - Rio de Janeiro - RJ

(Investimento para este dia: R$ 50, inclusos almoço e CD da Nêga Duda / 30 vagas)

Informações e inscrições:

gruporeconcario@gmail.com / reconca-rio@hotmail.com

21 8839 5555 (Davi) / 2425 8542 (Alessandra)

          Mais uma vez o grupo Reconca Rio convida a todos os amigos e admiradores da cultura popular do Brasil a estarem conosco, em mais esta empreitada!

          CANTOS DE TRABALHO é um musical composto de ritmos, danças e cantos inspirados pelas atividade laborais das diversas regiões do Brasil e que nos legaram rica herança cultural: Puxada de Rede, Ciranda, Coco, Jongo, Aboio, entre outros, estarão sendo entoados relembrando e homenageando todos aqueles que vieram antes de nós e foram capazes de transformar a rotina pesada da labuta em poesia!

          O evento é gratuito e acontecerá no dia 01 de Maio de 2012, terça-feira, de 11h as 12h, no Sesc Madureira - Rua Ewbanck da Câmara, 90

                                                                                        Nos encontramos lá! 

NO TABULEIRO DA BAIANA - Revivendo a história

Filho de uma rica herança cultural, o Samba Carioca, ou simplesmente Samba, é mundialmente conhecido e admirado, seja por seu som contagiante, pela beleza de suas letras – consideradas verdadeiras poesias cantadas – ou ainda pela alegria de seus praticantes.

Na simplicidade do “banquinho e violão” ou na grandeza das alegorias que desfilam na Marquês de Sapucaí – ricamente elaboradas pelas agremiações carnavalescas – nos terreiros, nos salões, nos bares e nas ruas, o Samba Carioca fez e faz história. Embalou, e embala ainda, muitas gerações. E não apenas os cidadãos cariocas, mas cidadãos brasileiros presentes em todos os estados da Federação.

Na simplicidade do “banquinho e violão” ou na grandeza das alegorias que desfilam na Marquês de Sapucaí – ricamente elaboradas pelas agremiações carnavalescas – nos terreiros, nos salões, nos bares e nas ruas, o Samba Carioca fez e faz história. Embalou, e embala ainda, muitas gerações. E não apenas os cidadãos cariocas, mas cidadãos brasileiros presentes em todos os estados da Federação.

No entanto, pouco se aborda sobre as matrizes geradoras do Samba nas mídias de comunicação da grande alcance, restringindo as informações do Samba apenas ao ritmo já consolidado.

Diante disso, apresentamos este projeto que visa contribuir com a divulgação sobre as matrizes formadoras deste ritmo genuinamente brasileiro.  

‘NO TABULEIRO DA BAIANA’ é uma proposta de intervenção cultural que se propõe remontar uma cena de nossa história: o momento em que negros baianos em busca de inserção no mercado de trabalho, e fugindo da perseguição religiosa na Bahia, migraram maciçamente para o Rio de Janeiro, em meados do Séc.XIX e início do Séc.XX, trazendo consigo uma vasta bagagem cultural, que gerou bons frutos na nova cidade, gerando um período de grande efervescência cultural de origem afro-baiana na cidade. Neste mesmo período o Samba de Roda fixa suas bases no Rio de Janeiro.

Além de música e dança o projeto também intenciona reviver uma figura típica do comércio de rua do Rio de Janeiro do Século XIX e ainda presente no tempos atuais: as Baianas e seus tabuleiros de quitutes.

Precedidas pelos africanos e seus descendentes escravizados essas mulheres, culinaristas habilidosas, foram, e ainda são, um capítulo à parte da nossa história. Com seu comércio de quitutes, conquistaram alforrias pra si e para os seus, mantiveram irmandades, sustentaram famílias, afirmaram sua autonomia e fizeram história, a nossa História! A contribuição dada pelas “tias baianas” que chegaram ao Rio de Janeiro nesse período (tendo como ícone deste movimento a baiana Tia Ciata), é de grande importância e por isso ainda hoje são homenageadas nas escolas de samba com a Ala das Baianas, embora, infelizmente, muitos da atual geração desconheçam tal fato histórico. Foi na casa de Tia Ciata que nasceu o samba carioca segundo os pesquisadores e contemporâneos. Com isso, abriu-se um novo horizonte para a música nacional e para a vida cultural do Rio de Janeiro.

             Aprender sobre as origens do Samba é aprender a própria história do Brasil. 
Africanos, ameríndios e europeus, cada qual com sua contribuição, nos legaram o que somos hoje.

                                                           (texto elaborado por Raphael Crespo e Davi Marques)